
Os moradores de Itapuã, sexto maior bairro da cidade, com 67 mil habitantes, parecem não estar preocupados com a covid-19. A doença já matou 80 pessoas em Salvador, mas, ainda assim, as pessoas ali continuam se aglomerando.
Segundo artigo publicado no CORREIO pelo secretário municipal de saúde, Léo Prates, há uma curva de crescimento de casos de infecção pela doença no bairro. Até a última quinta-feira, eram 21 casos na região (considerando também Alto do Coqueirinho e Bairro da Paz). Brotas tinha 50.
A reportagem ouviu moradores do bairro e eles se queixam de que a população do bairro não têm seguido as recomendações de distanciamento e os decretos estabelecidos pelas autoridades municipal e estadual. É comum, segundo eles, encontrar aglomerações de pessoas em praças e vielas, em frente às suas casas, confraternizando com familiares e vizinhos.
“Aqui tem muita gente levando o caso na brincadeira. É a coisa mais fácil do mundo você ver o povo no meio da rua, mesmo, queimando carne, comendo água, em aglomeração. Por isso que tá aumentando”, reclama o motoboy William Conceição, morador da região do Abaeté.
“Onde eu moro não tem uma praça por perto, então os moradores compram a cerveja no bar – que tá fechado, mas continua vendendo – e ficam tomando na calçada. Outros levam para a porta de casa. Ninguém está seguindo as recomendações. Pessoas de diferentes casas se encontrando”, lamenta o mestre de capoeira Gerdilson Farias, morador da Baixa do Soronha.
Alguns até brincam com a situação quando são cobrados: “Ontem (sábado) eu passei de carro pela ‘praça do coreto’ (Rua Alto da Bela Vista, no Abaeté) e estava lotada, velho. Um monte de gente sem máscara, pagodão rolando, churrasco, todo mundo grudado”, conta um morador da região do Farol de Itapuã, que não quis ser identificado por receio da reação dos vizinhos.
Ele continua: “Parei e falei com amiga: ‘você não tem medo de pegar o vírus e levar para a sua avó, não’? Ela disse: ‘não, porque aqui todo mundo é família, todo mundo é parente, tá vendo não’? Quer dizer, é essa ignorância, da maioria do povo de Itapuã, que vai acabar com o bairro”.
Além da ‘praça do coreto’, como é conhecido informalmente o local, moradores relataram também aglomerações, sobretudo nos finais de semana, na comunidade Água Suja (Rua Álvaro Baqueiro), na Rua Guararapes, na Praça do Jenipapeiro e nas redondezas do Alto da Cacimba.
“Venha ‘descendo’ do Abaeté num final de semana para você ver. É baiana de acarajé, é festa, é som… Tem um depósito de bebidas no pé da Ladeira do Abaeté que está vendendo para pessoa física. São 30 pessoas em pé bebendo, todo mundo sem máscara”, relata o morador que não quer ser identificado.
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Fonte: Correio 24 Horas